Missão e História

Alves Marques concluiu o curso de Engenharia Electrotécnica no Técnico em 1953, e foi contemplado com o prémio Bandeira de Melo.

Ainda estudante, encetou a sua actividade docente no Técnico, onde foi encarregado durante dois anos da regência da cadeira de Física Geral. Bolseiro do Instituto de Alta Cultura desde 1956, estudou a estrutura da matéria, com trabalhos experimentais que realiza no Laboratório de Física do Técnico.

Foi o primeiro investigador a realizar um doutoramento pelo Instituto Superior Técnico, em 1962, orientado pelo Prof. António da Silveira, personalidade marcante no ensino da física e dinamizador da criação de laboratórios para o ensino no Técnico.

José Mariano Gago nasceu em Lisboa e foi um dos mais reconhecidos cientistas e políticos portugueses.

Foi aluno do Liceu Camões, após o que ingressou no Instituto Superior Técnico, onde se licenciou em Engenharia Eletrotécnica em 1971. Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura, no Laboratório de Física Nuclear e de Altas Energias da École Polytechnique, de 1971 a 1976. Obteve o grau de Docteur d'État ès Sciences, no domínio da Física, pela Université Paris VI Pierre et Marie Curie em 1976. Foi bolseiro da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear entre 1976 a 1978.

No ano letivo de 1969-1970 foi presidente da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico. Ainda antes da conclusão do curso foi monitor do Instituto Superior Técnico. Em 1979 foi contratado como professor catedrático do Departamento de Física do Instituto Superior Técnico. José Mariano Gago desenvolveu a sua actividade profissional de investigador no domínio da física experimental das partículas elementares em Paris, na Escola Politécnica, em Genebra, na Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN), e em Lisboa, no Laboratório de Física Experimental de Partículas (LIP), que criou e de que foi Presidente.

Em maio de 1986 foi nomeado presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, funções que desempenhou até maio de 1989. Em 1987, promove a realização das Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnologia, na sequência das quais lançou o Programa Mobilizador de Ciência e Tecnologia, que visava a implementação de um conjunto de projetos dinamizadores de C&T, a nível nacional.

Em 1995 Mariano Gago é nomeado Ministro da Ciência e da Tecnologia do XIII Governo Constitucional, cargo que mantém até 2002, já no XIV Governo Constitucional. Neste âmbito dinamizou iniciativas para a promoção da cultura científica e tecnológica em Portugal (Ciência Viva) e na União Europeia. Coordenou e dinamizou igualmente a Estratégia para Sociedade da Informação, que incluiu iniciativas como a da ligação de todas as escolas à Internet, a criação de Espaços Internet, o Programa Cidades e Regiões Digitais e a Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS)].

Em 2005 foi nomeado ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do XVII Governo Constitucional de José Sócrates, cargo pelo qual foi renomeado para o XVIII Governo Constitucional. Como Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior foi responsável por uma ampla reforma do sistema de ensino superior em Portugal.

Carlos Matos Ferreira nasceu em Lisboa em 1948, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica no IST (1971), doutorou-se em Física na Universidade de Paris XI - Orsay (1976), com a nota Très Honorable, e obteve o título de Agregado em Física no IST (1979). Faleceu inesperadamente em 2014 em Lisboa.

Era Professor Catedrático no Departamento de Física (DF) do Instituto Superior Técnico (IST) desde 1979. Foi Presidente do IST entre 2001-2009 e Presidente do DF do IST nos biénios 1984-1986 e 1992-1994, tendo desempenhado muito outros cargos académicos, científicos e administrativos, em Portugal e no estrangeiro. Foi fundador do grupo de Descargas em Gases e Eletrónica dos Gases do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do IST, e Diretor do Programa de Doutoramento APPLAuSE (Advanced Programme in PLAsma Science and Engineering) do IPFN/IST. Foi membro da Academia Europaea (eleito em 2002), e Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, condecoração que lhe foi concedida pelo Presidente da República Portuguesa em 2005. Foi condecorado pela FCT em 2004 com o prémio Stimulus to Excellence in Research.

O seu trabalho científico foi no campo dos plasmas de baixa temperatura, principalmente em Descargas e Eletrónica dos Gases, Teoria Cinética e Física Atómica e Molecular em plasmas. Dedicou muitos anos da sua carreira de investigação ao estudo da equação de Boltzmann eletrónica e à formulação teórica que descreve a estrutura dos plasmas sustentados por ondas de superfície.

Foi um físico de plasmas internacionalmente conhecido. Foi autor de dois livros e publicou mais de 400 artigos em revistas internacionais, vários capítulos de livros em editoras internacionais e um elevadíssimo número de contribuições em conferências internacionais com arbitragem por pares. Supervisionou mais de 20 programas de investigação de estudantes de graduação e pós-graduação (pós-doutoramento, doutoramento e mestrado), nacionais e internacionais. Foi, durante muitos anos, responsável pelo UC de 2º ciclo “Física e Tecnologia dos Plasmas”, do Mestrado em Física da Engenharia Tecnológica.

Jorge Dias de Deus é natural de Vila Fernando, concelho de Elvas. Foi aluno do Técnico, frequentando o curso de Engenharia Química. Ainda enquanto aluno assumiu também o desafio de ser presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST) em plena ditadura, no biénio de 1963/64. Rumaria ao Imperial College de Londres para o doutoramento e seguiria depois para Copenhaga, especializando-se em Física de Partículas. Em 1973, desenvolveu em Copenhaga a ideia de escala geométrica que deu novas pistas para as leis de escala de partões, ou seja, quarks e gluões, os constituintes principais dos protões e neutrões.

Voltou alguns anos depois para fazer trabalho de primeiro nível em várias frentes, tendo sido um académico brilhante e exemplar, em todas as vertentes: científica, pedagógica, cultural, ética e humana. Dias de Deus foi presidente do DF, onde exerceu dois mandatos (1987-1989 e 1995-1998), mas os seus contributos foram muito para além destas lideranças. O nome do professor Jorge Dias de Deus é indissociável de uma visão inovadora sobre o ensino da Física no Técnico. Esteve na génese de três dos cursos que cativam os melhores alunos do país: Engenharia Física Tecnológica, Engenharia Aeroespacial e Engenharia Biomédica. Foi Presidente do Técnico entre 1991 e 1992.

Jorge Dias de Deus foi formado em Física de Partículas, mas a sua visão era multidisciplinar, percebendo a ligação da física de partículas à astrofísica, criou em 1994 o Centro Multidisciplinar de Astrofísica, agora Centro de Astrofísica e Gravitação (CENTRA), e que presidiu durante vários anos. Para além da sua brilhante carreira científica, Jorge Dias de Deus dedicou parte da sua vida à divulgação da Física através de palestras, livros de divulgação e de introdução à Física pelos quais é conhecido entre um público alargado.

Licenciou-se em Engenharia Electrotécnica na Universidade do Porto e obteve o seu doutoramento (Ph.D.) em 1976, pela Universidade de Glasgow, com a tese ‘Relativistic
Equations for Meson Structure’; foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi docente do Departamento de Física do Instituto Superior Técnico (IST), Universidade de Lisboa, até à sua
jubilação em 2013, tendo sido Professor Catedrático a partir de 1992. Foi membro fundador do CENTRA/IST, um centro de investigação multidisciplinar criado em 1994. Esteve,
igualmente, activamente envolvido na criação da licenciatura em Engenharia Física e Tecnológica do IST. Foi duas vezes presidente do Departamento de Física.

A sua actividade científica pode ser dividida em dois períodos distintos, o primeiro indo de 1976 a 1986, e o outro a partir de 1986. O primeiro período foi especialmente dedicado à
exploração de modelos relativistas de quarks para mesões e bariões.

A partir de 1986 começou a interessar-se pelas aplicações da física das altas energias à cosmologia, astrofísica, incluindo a investigação das ondas gravitacionais de origem
cosmológica e cálculo do respectivo espectro. Atenção particular foi dirigida para a região das frequências elevadas (MHz e GHz), uma vez que a partir destas poderemos obter importantes
informações sobre o universo muito primitivo. Também se interessou pelos problemas relacionados com a gravitação quântica e suas aplicações à cosmologia.
Sobre todos estes temas publicou várias dezenas de artigos em revistas internacionais da especialidade. É autor de quatro livros publicados pela IST Press, três em co-autoria

Gustavo Castelo-Branco é Professor Jubilado do Instituto Superior Técnico (IST), com contrato de colaboração. Doutorou-se em Física em 1976, no City College em Nova Iorque. No início dos anos oitenta juntou-se ao corpo docente do IST, e torna-se catedrático nos finais dos anos oitenta.

Durante a sua carreira no IST, atraiu um grande número de jovens talentosos para a área, como parte do trabalho de mestrado ou doutoramento. Foi supervisor de mais de dez alunos de doutoramento. A grande maioria dos seus alunos prosseguiram carreiras internacionais de sucesso, sobretudo carreiras académicas. As suas actividades de supervisão e gestão contribuíram de forma decisiva para a criação e estabelecimento de uma comunidade de Física de Partículas no país, e de um centro de investigação extremamente activo, o CFTP, reconhecido internacionalmente como um dos melhores centros de investigação em Física do Higgs e da violação de CP.

As suas contribuições estratégicas foram também importantes para a criação da Licenciatura em Engenharia Física Tecnológica no Técnico. As suas actividades foram reconhecidas ao mais alto nível, quer nacional quer internacionalmente, com a atribuição do título de Comendador of Ordem Militar de Sant’Iago da Espada pelo Presidente da República Portuguesa em 2005, quer pela atribuição do Prémio von Humboldt de Investigação em 2004. De 2005 a 2015 foi “Board Member” da Divisão de Física de Altas Energias da Sociedade Europeia de Física.

O seu livro sobre violação CP, escrito em co-autoria com L. Lavoura e J. P. Silva em 1999 recebeu o Prémio Ciência da Gulbenkian em 2001. Um dos seus artigos sobre a física do Higgs, com 5 co-autores, soma milhares de citações, uma marca extremamente rara em física teórica, que atesta bem o nível de excepção da sua obra científica.

Jorge Romão nasceu em Alcanena em 1950 e licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica pelo IST em 1974. Obteve uma Bolsa Fulbright para ingressar no programa de Doutoramento na Universidade de Chicago (UC). O seu tutor foi James Cronin (Nobel de Física em 1980), o seu orientador Peter Freund, tendo ganho em 1975 o “V. Telegdi Prize” na UC “for the best Candidacy Exam”. Doutorou-se na UC em 1979. Agregado pela FCUL em 1987, é professor do Departamento de Física (DF) do IST desde1989 (catedrático desde 1994).

A atividade científica de Jorge Romão estende-se a áreas muito diversas, que incluem tópicos de Gravidade Quântica, Supersimetria, Física do Higgs e Multi-Higgs, Física dos Neutrinos, Física do “Flavour” e Renormalização. Criou no DF uma escola de referência em Teoria Quântica dos Campos (TQC). Em conjunto com os seus alunos (10 Ph.D. e 14 Ms.C.) criou software dedicado à TQC. É autor de dois livros de texto, IST Press (2011) e Wiley-VCH (2015). Estas publicações traduzem parte de uma vasta contribuição para o ensino nos três ciclos de estudos ao longo de 40 anos com especial ênfase em TQC.

Na sua atividade de gestão foi membro dos Conselhos de Escola e Científico, Presidente do DF e de Centros de Investigação, membro da Comissão de Reestruturação de Cursos do IST. Foi Coordenador da Licenciatura em Engenharia Física Tecnológica, dos Programas Doutorais em Física e em Engenharia Física, tendo também presidido ao painel de bolsas de doutoramento da FCT e do Programa Doutoral IDPASC. Foi co-autor de um recente Plano Estratégico do DF, bem como do Relatório de Apresentação do Departamento para análise da atividade do DF em 2017. Tem estado envolvido na gestão de financiamento Portugal-CERN, presidindo ao longo de muitos anos aos respetivos júris internacionais.

Carlos Varandas nasceu em Pinheiro de Coja, em 1951. É licenciado em Engenharia Eletrotécnica (1974), doutorado em Física (1984) e agregado em Engenharia Física Tecnológica (EFT) (1996) pelo IST/UTL. Foi docente do DF de 1973 a 2013 e investigador do CEL, CFN e IPFN.

No ensino começou por ser responsável pela disciplina de Eletromagnetismo e pela reestruturação dos Laboratórios de Ensino. Foi Coordenador da EFT e do Mestrado em Física, e responsável por disciplinas sobre Física dos Plasmas, Energia Nuclear, Técnicas de Diagnóstico, Instrumentação Digital e Gestão de Ciência e Tecnologia. Participou na acreditação da EFT pela Ordem dos Engenheiros.

A atividade de I&D centrou-se na Física e Engenharia de Plasmas Frios e de Fusão por Confinamento Magnético. Foi Responsável por vários projetos, tais como o Contrato de Associação com a Euratom, Tokamak ISTTOK e Contrato de Laboratório Associado da FCT. Orientou 11 Programas de Mestrado e 7 de Doutoramento e foi co-autor de 135 artigos científicos. Pertenceu ao Board da Plasma Physics and Controlled Fusion e foi Editor da Fusion Engineering and Design. Presidiu a doze conferências internacionais.

No IST foi Presidente do Conselho Diretivo (CD), Conselho Pedagógico, DF, CFN, IPFN e CCUL, Presidente-Adjunto para os Assuntos Administrativos e Vice-Presidente para o Pólo de Loures do Conselho de Gestão (CG), membro do CD, CG, Assembleia de Representantes, Senado e Comissão Coordenadora do Conselho Científico. Integrou as Assembleias e os Senados da UTL e da UL. No Programa de Fusão da Euratom presidiu ao FPSC-I, Steering Committee do European Fusion Development Agreement, Conselho de Administração da Fusion for Energy e Scientific and Technical Committee do Tratado Euratom (STC) e foi membro do JET Council, CCEFU, e de Delegações da Euratom ao ITER e à Broader Approach for Fusion Energy. Após 2013, foi CEO de uma PME, Presidente da Assembleia de Freguesia de Pinheiro de Coja. Atualmente integra a Assembleia Municipal de Tábua e preside ao STC.

É Grande-Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique e recebeu Medalhas de Mérito à Ciência do MCTES e do Município de Tábua.

José Tito Mendonca nasceu em Grândola em 1945, e recebeu o diploma de Engenheiro Electrotécnico pelo IST em 1970. Depois de uma breve passagem pela indústria, na empresa Sonefe em Lisboa, foi estudar para Paris ao abrigo de uma bolsa do Governo Francês. Obteve o grau de Docteur de Spécialité (3-ième Cycle) pela Universidade de Paris-Orsay em 1973, e o de Docteur ès-Sciences (doctoral d’Etat) pela mesma Universidade em 1976.

Introduziu em Portugal a investigação em fusão nuclear, tendo criado o Centro de Fusão Nuclear, que mais tarde deu origem ao Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN). Foi também responsável pela criação da Associação de Portugal com a EURATOM, tendo sido o seu primeiro director. Foi também o iniciador em Portugal do estudo de lasers ultra-intensos, tendo sido o responsável pela criação do laboratório L2I e do Grupo de Lasers e Plasmas (GoLP). Em anos mais recentes criou o MOT-Lab, o primeiro laboratório português de arrefecimento atómico por laser. É actualmente o responsável científico do Laboratório de Plasmas Quânticos do GoLP.

Leccionou no IST a partir de 1976 (como professor catedrático desde 1980) tendo passado à reforma em 2012. Trabalhou por longos períodos em inúmeras instituições internacionais, como o Centre d’Etudes Nucleares de Fontenay-aux-Roses (CEA) e a École Polytechnique de Palaiseau, em França, ou Joint Undertaking Torus (JET) em Abingdon e o Rutherford-Appleton Laboratory em Didcot, Reino Unido. Exerceu as funções de assessor científico junto do director do JET, e foi professor visitante na Universidade de São Paulo (USP) no Brasil, e na Universidade de Strathclyde em Glasgow, Escócia.

A sua actividade científica deu origem à publicação de quatro livros e mais de quatro centenas de artigos em revistas internacionais. Produziu resultados pioneiros em aceleração de fotões, cascatas ópticas, turbulência de quase-partículas, aceleração estocástica, interacção neutrino-plasma, ondas torcidas e bolhas de fotões. Introduziu também novos conceitos como a refracção temporal e as leis de Fresnel temporais, ou o momento angular-orbital dos plasmões, a neutrino-magnetohidrodinâmica e a superradiância do vazio quântico. Os seus interesses actuais incluem: a matéria ultra-fria, os superflúidos de luz, os aceleradores a laser, o acoplamento axião-plasma, e as tecnologias quânticas.

Pedro Brogueira Doutorado em Engenharia Física Tecnológica é Professor Catedrático do Departamento de Física do Técnico na área de Física da Matéria Condensada e Nanotecnologias.

Os seus principais interesses de investigação focam-se na Microscopia de Força Atómica, materiais e dispositivos semicondutores, biomateriais, energia e detetores de Física de Partículas. É co-autor de mais de 180 artigos em revistas científicas internacionais com cerca de 6000 citações, 2 livros de ensino, 20 vídeos científicos emitidos a nível nacional na RTP (um minuto), 3 exposições de ciência e uma ação de itinerância científica para o Ministério da Educação e Ciência.

Integrou cerca de 30 projetos científicos de financiamento competitivo. É ainda co-autor do referencial de competências-chave na área de Sociedade, Tecnologia e Ciência de nível secundário e de vídeos de ciência e tecnologia produzidos pelo programa Mundo na Escola para o ensino secundário e pela ANEFA para a educação de adultos. Foi responsável pela área Física no âmbito do núcleo de Cooperação do IST.

Foi responsável e/ou formador em várias missões de cooperação em Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Timor Leste. Foi Coordenador dos Mestrados de Engenharia Física Tecnológica do e Engenharia Biomédica, Presidente do Departamento de Física do IST, Presidente do Centro de Física e Engenharia de Materiais Avançados (CeFEMA) e Coordenador da comissão para repensar a educação em engenharia e o modelo de ensino e práticas pedagógicas (CAMEPP) do Instituto Superior Técnico (IST).

Atualmente é Coordenador da Área Científica de Matéria Condensada e Nanotecnologia do Departamento de Física, membro do Conselho Científico do IST, Coordenador da proposta do novo curso de Licenciatura em Engenharia Geral (GENI) e membro do Comité de Gestão do Campus do IST CTN.

Luís L. Alves nasceu em Lisboa em 1964, licenciou-se em Engenharia Física Tecnológica pelo IST em 1984, e doutorou-se em Física pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL) em 1993. Beneficiou de uma bolsa de pós-doutoramento no Laboratoire de Physique des Gaz et des Plasmas (França) em 1997, e obteve o título de "Agregado" em Engenharia Física pela UTL em 2006.

Desde 2014, é Professor Catedrático no Departamento de Física (DF), que presidiu no biénio 2017-2018, sendo o coordenador da Área Científica de Física dos Plasmas, Lasers e Fusão Nuclear do mesmo departamento desde 2019. É o responsável do grupo N-Plasmas Reativos: Modelação e Engenharia (N-PRiME) do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, onde é membro do Conselho de Administração. Foi Vice-coordenador da Licenciatura em Engenharia Física Tecnológica, Coordenador dos Programas Doutorais em Física e em Engenharia Física Tecnológica, e integra o Conselho de Administração do Programa Avançado em Ciência e Engenharia de Plasmas (APPLAuSE 2020), que presidiu entre 2015-2017. É membro do Conselho Científico do IST desde 2021.

A atividade científica de Luís L. Alves é na modelização e simulação de plasmas de baixa temperatura. O seu trabalho centra-se no estudo de plasma dc, microondas e radiofrequência, e no desenvolvimento de modelos cinéticos de plasma com interesse para o processamento de materiais, e para aplicações biológicas e ambientais.

É o PI responsável pelo desenvolvimento da ferramenta de simulação LisbOn KInetics (LoKI) e pela gestão dos respetivos dados cinéticos. Orientou mais de 25 alunos graduados e pós-graduados. É autor de mais de 250 publicações técnicas, incluindo 100 artigos em revistas internacionais, foi/é editor convidado de 7 números especiais e editor associado de Plasma Sources Science and Technology, proferiu mais de 35 palestras convidadas em conferências nacionais e internacionais, e tem 7 patentes registadas (4 concedidas).

Teresa Peña é Professora Catedrática, em regime de "Joint Appointment", do Departamento de Física e do Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares do Instituto Superior Técnico (IST). Doutorou-se em 1988 e realizou um pós-doutoramento na Universidade de Hannover. Foi professora Convidada na Universidade de Ohio, onde foi distinguida com "The Robert and Rene' Glidden Visiting Professorship", atribuído a "Distinguished individuals who have attained wide recognition based upon artistic, engineering, historical, literary, or scientific achievement." Obteve o grau de Agregação no IST em 1996.

Trabalhou em diversos problemas de física nuclear e hadrónica, como interações de 3 nucleões, efeitos relativistas na estrutura dos núcleo, espectroscopia e a estrutura de mesões e bariões e lidera o grupo NPSTRONG no LIP. Coordenou 6 projectos científicos plurianuais com financiamento competitivo e foi líder nacional de 5 Work Packages de Redes Europeias. É autora de 4 livros, incluindo a publicação internacional "Nucleus: A trip to the heart of matter" editado pela Johns Hopkins, traduzida para o português, checo, húngaro, francês, sueco e coreano.

Na sua intervenção nacional e internacional na área da Física, foi Presidente da Sociedade Portuguesa de Física (SPF) e Editora-Chefe da publicação da SPF "Gazeta de Física", membro do Editorial Advisory Board of "Europhysics News "da European Physical Society (EPS), membro eleito da Comissão Executiva da EPS por dois mandatos, onde faz parte do Grupo de Trabalho "Physics for Development".

Em inovação e gestão universitária, criou, desenhou ou re-estruturou disciplinas da área de Física Nuclear e Aplicações, foi uma proponente dos Mestrado e Doutoramento em Engenharia Biomédica no IST, Coordenadora do primeiro e do Mestrado de Engenharia Física Tecnológica. Foi ainda membro do Conselho Científico, membro do Senado de Universidade Técnica de Lisboa, membro da Comissão Permanente do Senado para os Assuntos Científicos, Presidente do Departamento de Física, Presidente do Conselho Pedagógico, membro do Senado da Universidade de Lisboa, e membro da Comissão Permanente do Senado para os Assuntos Pedagógicos.

Vítor Cardoso nasceu em Argivai, Póvoa de Varzim em 1975, e depois do Liceu Eça de Queirós, e licenciou-se em Engenharia Física Tecnológica pelo Técnico em 1999. Fez o doutoramento em Física de buracos negros e ondas gravitacionais em 2003 no CENTRA/Técnico e rumou aos Estados Unidos para trabalhos de pós-doutoramento. Esteve na Universidade de Washington em Saint Louis e depois em Oxford Mississippi, antes de voltar para Lisboa.

A sua actividade científica é focada na interacção gravitacional, onde se tornou uma referência internacional em espectroscopia de buracos negros, e um dos maiores especialistas em testes da teoria de Einstein. Em 2015 mostrou que a ausência do horizonte de eventos levaria à presença de “ecos” em sinais gravitacionais, uma assinatura que tem sido procurada por várias colaborações internacionais.

Vítor Cardoso é membro fundador da Sociedade Portuguesa de Relatividade Geral e Gravitação. Em 2015 reconheceu imediatamente a revolução científica que se aproximava e foi Chair da GWverse, um consórcio internacional de centenas de cientistas para explorar a astronomia de ondas gravitacionais, entre 2016 e 2021. É membro da Academia De Ciências de Lisboa desde 2022, e em 2015 foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa com o título ``Ordem de Sant'Iago da Espada (Oficial)'' pelas contribuições científicas. É membro da Comissão Científica instaladora do Programa Gulbenkian Novos Talentos em Física, e membro do Comité de Gravitação e Cosmologia do Instituto Nordita.

Fundou o maior grupo de Gravitação do país, o GRIT, em 2009 com a ajuda da primeira das suas bolsas do European Research Council. Ocupou cátedras de Professor visitante em vários institutos, como a de Van Der Waals Chair em Amesterdão, Fellow no CERN, Universidade do Pará, no Perimeter Institute e no Yukawa Institute.

A partir de 2022 acumula a posição de Professor Catedrático no Técnico com a de “Professor of Physics” no Instituto Niels Bohr, em Copenhaga.